24 maio, 2008
23 maio, 2008
16 maio, 2008
"não sabia como regressar. não tem sido fácil tocar - o que já tocava com agilidade. muitas coisas aconteceram distraindo-me a mão, os lábios, e da mão e dos lábios: o som. aos dias que se sucedem não se justificam. a inevitabilidade de se viver e morrer. já não lembrava o código de acesso. tantas noites sem regressar colocam-nos à porta de um apartamento: à porta tendemos a partir de novo, complexo qualquer de ausência e culpa. por vezes, quando menos esperamos, o destino transforma-se e permite-nos a leve sensação que dele fugiremos. nesse jogo vamos sobrevivendo. todo o novo amor merecia a máxima frescura inicial, a primeira ingenuidade. é uma pena que lhe cheguemos já cansados, tardios. pela sétima vez ressuscitados, é uma pena que já não consigamos morrer totalmente a um novo beijo nem morrer totalmente com a sua inexistência absoluta " eugénio alves da cruz. 15 de maio de 2008. matosinhos
15 maio, 2008
10 maio, 2008
09 maio, 2008
08 maio, 2008
07 maio, 2008
05 maio, 2008
02 maio, 2008
eu sou uma peça de um relógio parado pendurado
o tempo suspenso numa parede que penso
que tem um outro tempo parado diferente do meu
e música no tecto que chove suspensa em camadas
e ares de gentes que ficam que não têm pressa
e não se importam em ser certa peça
de um espaço que vive, que penso que o peso
não faz que elas que façam do tempo um arado.
eu sou do tempo que sou
o ponteiro
pendurado
tic