Miolando

17 agosto, 2006

proibido subir ao altar.

[pauloalexandrejorge.festasnossasenhoradabonança.
praiaamorosa,vianadocastelo.12deagostode2006]

a quem serve o que escrevemos?
a quantos, se for de contar imperfeito?
se for de utilidade e a utilidade se aplicar em medidas iguais ao metro ou à polegada?
se o verso for uma reza e a reza ecoar só em nós e para nós, como um candeeiro pessoal que apenas a nós nos ilumine?
a sede mata a sede.
a fome mata a fome.
a morte mata a morte.
multiplicar para quê?
a sede mata a sede.
a fome mata a fome.
a morte mata a morte.
deve haver uma palavra boa no interior;
e como a contar, como a ampliar, como a oferecer na boca vinho na boca pão?

[casa de são dinis. porto. 17 de agosto de 2006]

Só para dizer...

  • O que escrevemos serve a toda a gente porque felizmente não tem tamanhos. Pode ser S para uns e XXL para outros!
    Gosto do som das rezas... deve ser dos poucos momentos em que as pessoas estão em comunhão (mesmo que não em pensamento) e aí são holofotes, focos de luz umas para as outras.
    Há sempre uma palavra boa no interior... amor te mata a morte. Seja no vinho, pão, cruz, andor, altar, carne ou qualquer outro símbolo que lhe dêem.

    teclado por Blogger patricia, em 17 agosto, 2006  

  • nas rezas, como nas palavras, intermitentemente, murmúrios, sombras que dançam, memórias.
    acender candeeiros, inútil?!
    as palavras, doem as palavras, libertam, são água, vento, morte.
    norte.
    são eco...ecos...ecos...

    teclado por Blogger ~pi, em 18 agosto, 2006  

  • palavras boas são todas as que escrevemos, não importa que nos ignorem.
    são boas porque nos evitam as rezas.
    questões de crenças...
    esta "lengalenga" está cheia de sentido. tem palavras boas.

    teclado por Blogger Elipse, em 20 agosto, 2006  

  • Rezas e lengalengas de música, histórias de acalentar. Confortável, doce de sentir.

    teclado por Anonymous Anónimo, em 31 agosto, 2006  

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