havia
havia coisas a que tínhamos chama
do deserto, outras tranquilidade, outras corpo, abraços. estar ali assemelhava-se a um eterno recomeço e no entanto incrustado já um sentido tão contíguo à morte que não podia senão sorrir e olhar as flores túmidas, pequenos nós cegos de beleza provisória e letal, a terra que se vê redonda mordida de fome virgem, tropeçar tardiamente muros, sons cavos de harpas, percorrer tardiamente ainda cegos riscos de chuva quente e ácida nos vidros

Só para dizer...
Este texto parece pôr termo ao Verão e prenunciar o Outono. Soa a despedida, mas sem nostalgia. Bom de ver e bom de ler. Gostei particularmente de "a terra que se vê redonda mordida de fome virgem". Boa combinação de palavras :)
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patricia, em 13 setembro, 2006
Flores de ostras, ostras de flores, reconfigurar a vida em cada dia e fazê-la, nos seus intermináveis ciclos, sempre nova e, nalgum lugar de nós, sempre doce e amarela, não, verde, não, castanha, cor de laranja, n...
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Anónimo, em 16 setembro, 2006
...negro? lilás? violeta? vá lá, eu ajudo!
lindo, lindo, o que aí ficou...
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Anónimo, em 17 setembro, 2006
Nostalgia e romance.
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Claudia Sousa Dias, em 19 setembro, 2006
mais nostalgia, mais um estado provisório, acho, aceitação da vida tal e qual, efémera e docemente mortal, mortalmente doce...
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~pi, em 26 setembro, 2006
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