umbigo
não sei desta vez quais os nomes
mas só de cordões
eléctrodos que ligam à origem espécie
negro de despir árvores, brancas
formigas minhocas subitamente contorcidas à nudez do dia
grilos falantes
lágrimas de gelo
digo que nada deste lugar aqui
tem a ver com unhas negras
de escavar o profundíssimo mistério presente
da terra
Só para dizer...
Vi há pouco no C Alegre um filme que foi feito para ti; que diz de terra e do abandono da terra,e também desse amor adiado, de raiz.
É galego, feito por uma mulher, vou saber o nome.
entretanto, beijo
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
E que tal criares ou participares noutro blog?
Pensa nisso...
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
umbigo do mundo, claro! bom, muito bom.somos nós, n'é?
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
não resisto a dizer a "dor de dentes no coração", Paulo, não imaginas como essas palavras são significantes e oportunas também para mim, hoje!
e o umbigo, sim, Dália, é o meu tecido sensorial e afectivo, é também o nosso corpo comum, o das palavras, o da terra.
e estou à espera do nome do filme, Dalémar. muito à espera... no deserto.
teclado por ~pi, em 15 outubro, 2006
A propósito de alquimia terá dito o Pessoa:
" O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisa lindas
Que nunca existirão..."
Curiosamente, pelo póprio facto deste blog ser várias pessoas, parece ser algo de alquímico.
Abraços a todos
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
Dido,
Toda a nossa terra é o lugar onde percorremos os sonhos e as esperanças queridas e perdidas. Toda a nossa terra é o lugar de procura sem nunca perdermos o sentido que, hoje, ontem, já nos encontramos. Sim, não és já tu, sejam quais forem as circunstâncias, Tu Mesma hic et nunc?!
Tudo ndido e eneias
ão passa de estados de espírito, Tudo!
O resto , o resto é caminho percorrido e feito por nós! Nada está para além de nós, nada para além do nosso livre arbítrio, nada para além do "mistério presente"!
Eneias
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
Luci, o filme é "El cielo gira" de Mercedes Álvarez e foi dado como o melhor filme em n(?) festivais
É sobre a aldeia de Aldeaseñor, Soria, filmado pela autora com os tais olhos da alma, há-de arranjar-se forma de o veres, tem muito para falar contigo, connosco, aliás; comigo já falou qualquer coisa, não tudo ainda, um filme assim tem tantos "profundíssimos mistérios presentes"...
teclado por Anónimo, em 15 outubro, 2006
Olá, Luci... um senhor amigo, que vi em algumas situações difíceis, costumava dizer "amanhã é outro dia". se quiseres, esta noite podes encostar-te a mim. escreves o poema amanhã. beijo
teclado por Anónimo, em 16 outubro, 2006
estou a ouvir-te rir, com esse ar desprendido de quem não é deste mundo. agora.
muito bom para mim, o que dizes, obrigada pelo colo, é como ouvir chuva lá fora ou ver subitamente a lua cheia (e já não ter apenas para sentir os olhos em lâmina dos cães abandonados)
teclado por ~pi, em 16 outubro, 2006
amanhã, Dalémar, levantar o véu dos mistérios desse filme, o tal do céu que gira!
fiquei a olhar muito tempo as mãos das mulheres da minha fotografia. pousadas uma na outra, os olhos presos, muito perto, espelhos a reflectir códigos de pertença partilhados. como se também eu as pudesse mover para dentro do meu pequeno filme...
teclado por ~pi, em 16 outubro, 2006
Acredito que os buracos escavados persistentemente na terra vão dar ao céu. Abraço
teclado por Anónimo, em 17 outubro, 2006
belo de comentário o teu! concordo, assim espero, violeta. e depois, levo-te comigo, caso queiras! beijos
teclado por ~pi, em 26 outubro, 2006
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