graça
lisboa, 2006
há um lugar de restos de palavras
donde os anjos saem espavoridos
a tropeçar em asas de pombo
(a noite voa já comboio adentro
tão cega e branca como sempre)
posso agora explicar-me no silêncio
o que fez partir essa manhã
como
saí depois do sol da graça cheia de uvas
e a cedi a um tempo quase meu
Só para dizer...
de anjos, gosto! restos de pombos e outros vestígios, o que vai ficando. podemos sempre explicar-nos, embora valha de pouco. abraço.
teclado por Anónimo, em 15 novembro, 2006
gosto muito muito. bj
teclado por Anónimo, em 15 novembro, 2006
Algures do meio deste rebanho de nuvens saiem pássaros a voar em vê. Trazem novas do sol da graça e anunciam o que ninguém vê.
A noite está próxima caiu nas graças da lua. Não sabe qual é a sua graça... tanto pode ser a minha, a nossa como a tua!
teclado por patricia, em 15 novembro, 2006
Havíamos de ser sempre outros.
Eu havia de ser sempre outro.
teclado por Anónimo, em 15 novembro, 2006
Gostei da fotografia. Tão cheia e no entanto, vazia; arrancar-te à graça? Pois, demoramos a entender porque não podemos ficar lá para sempre...
(...será que para sempre é o melhor? A mim aflige-me)
BEIJO
teclado por Anónimo, em 16 novembro, 2006
Também me veio à ideia a nostalgia do prasempre.
A ponte esteve sempre ali, é caso pra dizer.
E está agora! (acabei de a rever como todos os dias...)
E as árvores "de casacos ainda verdes",
VERDESBEIJOS
teclado por Anónimo, em 16 novembro, 2006
Garça à janela, que dizia ela, que dizia ela?
Ainda, ainda, ainda...............
teclado por Anónimo, em 17 novembro, 2006
a graça e o seu largo rasgado sobre a luz chegam às vezes assim.
de eléctrico ligado ao conta gotas do levíssimo sorriso.
lindo o que escreram, dália, violeta, patrícia! de pássaros-garças-restos de anjos.
de gostar, paulo.
o prasempre, desconheço ainda, até como ideia, (re)conheço-me-nos antes árvores, antes verdes.
ser outros podemos SER MUITO, basta querer...
abraços
teclado por ~pi, em 18 novembro, 2006
só agora sei que voltei para assobiar às cobras que nos habitam a alma. parti daquele texto mais longe e concluí que sim.
e pronto, assim e de novo a cedência, a que dá lugar ao silvo.
ao pasmo. ao grito.
teclado por ~pi, em 19 novembro, 2006
...e à doçura da luz do entardecer,escura e densa e capaz de fazer alguns dias iguais a cachos de uvas que se vêem de baixo!!!
teclado por Anónimo, em 20 novembro, 2006
temo sempre os lugares feitos de restos de palavras.
antes as palavras feitas de restos, pintadas a verde e semeadas com a arte de umas mãos poetas.
teclado por Elipse, em 21 novembro, 2006
obrigada, elipse,
definitivamente-perita-em-encontrar-a-essência
de trans-parecer e tocar
as palavras
no ponto exacto
onde
deixam de ser necessárias.
teclado por ~pi, em 22 novembro, 2006
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