Miolando

14 novembro, 2006

graça



lisboa, 2006













há um lugar de restos de palavras

donde os anjos saem espavoridos
a tropeçar em asas de pombo

(a noite voa já comboio adentro
tão cega e branca como sempre)

posso agora explicar-me no silêncio
o que fez partir essa manhã


como
saí depois do sol da graça cheia de uvas
e a cedi a um tempo quase meu



Só para dizer...

  • de anjos, gosto! restos de pombos e outros vestígios, o que vai ficando. podemos sempre explicar-nos, embora valha de pouco. abraço.

    teclado por Anonymous Anónimo, em 15 novembro, 2006  

  • gosto muito muito. bj

    teclado por Anonymous Anónimo, em 15 novembro, 2006  

  • Algures do meio deste rebanho de nuvens saiem pássaros a voar em vê. Trazem novas do sol da graça e anunciam o que ninguém vê.
    A noite está próxima caiu nas graças da lua. Não sabe qual é a sua graça... tanto pode ser a minha, a nossa como a tua!

    teclado por Blogger patricia, em 15 novembro, 2006  

  • Havíamos de ser sempre outros.
    Eu havia de ser sempre outro.

    teclado por Anonymous Anónimo, em 15 novembro, 2006  

  • Gostei da fotografia. Tão cheia e no entanto, vazia; arrancar-te à graça? Pois, demoramos a entender porque não podemos ficar lá para sempre...
    (...será que para sempre é o melhor? A mim aflige-me)

    BEIJO

    teclado por Anonymous Anónimo, em 16 novembro, 2006  

  • Também me veio à ideia a nostalgia do prasempre.
    A ponte esteve sempre ali, é caso pra dizer.
    E está agora! (acabei de a rever como todos os dias...)
    E as árvores "de casacos ainda verdes",

    VERDESBEIJOS

    teclado por Anonymous Anónimo, em 16 novembro, 2006  

  • Garça à janela, que dizia ela, que dizia ela?

    Ainda, ainda, ainda...............

    teclado por Anonymous Anónimo, em 17 novembro, 2006  

  • a graça e o seu largo rasgado sobre a luz chegam às vezes assim.
    de eléctrico ligado ao conta gotas do levíssimo sorriso.

    lindo o que escreram, dália, violeta, patrícia! de pássaros-garças-restos de anjos.
    de gostar, paulo.

    o prasempre, desconheço ainda, até como ideia, (re)conheço-me-nos antes árvores, antes verdes.

    ser outros podemos SER MUITO, basta querer...

    abraços

    teclado por Blogger ~pi, em 18 novembro, 2006  

  • só agora sei que voltei para assobiar às cobras que nos habitam a alma. parti daquele texto mais longe e concluí que sim.
    e pronto, assim e de novo a cedência, a que dá lugar ao silvo.
    ao pasmo. ao grito.

    teclado por Blogger ~pi, em 19 novembro, 2006  

  • ...e à doçura da luz do entardecer,escura e densa e capaz de fazer alguns dias iguais a cachos de uvas que se vêem de baixo!!!

    teclado por Anonymous Anónimo, em 20 novembro, 2006  

  • temo sempre os lugares feitos de restos de palavras.
    antes as palavras feitas de restos, pintadas a verde e semeadas com a arte de umas mãos poetas.

    teclado por Blogger Elipse, em 21 novembro, 2006  

  • obrigada, elipse,
    definitivamente-perita-em-encontrar-a-essência
    de trans-parecer e tocar
    as palavras
    no ponto exacto
    onde
    deixam de ser necessárias.

    teclado por Blogger ~pi, em 22 novembro, 2006  

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