Pandora, é tarde
Eu tinha uma caixinha
bem guardadinha
dentro do adentro.
Instruí-me para não a abrir
e agrilhoei-a às trevas das entranhas.
Um dia ouvi uma voz
que murmurava lá ao longe
uma melodia de flauta
que badalava, badalava...
É tempo!
Vinham buscar o que estava selado.
Enovelei-me, entrelacei-me, enricei-me.
Era tarde e alguém chegava.
Alguém desfez o enlevo.
Alguém abria a caixa.
Ouvi o ranger cavernoso da tampa
e o Letes drenado a jorrar em abundância.
Ouvi a enchente!
Ouvi o transbordar!
Agora é tarde
e o arrependimento já não pode matar.
Só para dizer...
Não há arrependdimento possível, para quê? Também não poderias voltar atrás, pois não?
Beijo
teclado por Anónimo, em 16 novembro, 2006
e venho eu em rasgos de presença...
essa pandora, uma víscera com pózinhos de partimpim... se eu soubesse escrever em português, talvez soubesse escrever ou dizer algo melhor...
bjinho *
teclado por joel faria, em 17 novembro, 2006
sacudir o pó, abrir caixas. a vida é sempre isso mesmo e ainda bem. não aguentavas ficar sempre enovelada e é preciso crescer, embora doa.
beijo
teclado por ~pi, em 18 novembro, 2006
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