rendez-vous
até que enfim disse a chaleira que chivava urgente.
(desemagrecia. o natal avançava.)
às vezes desejava ler letras que não conhecia ou
(desemagrecia. o natal avançava.)
às vezes desejava ler letras que não conhecia ou
vê-lo atravessar de novo a vida de pêras na mão à
saída de lugares nem sempre prováveis
contrair os músculos das costas
dizer: agora tenho que ir ter com o antónio ou... o francisco....ou
acalmar as ondas comer-lhe o medo às
vezes gostava de ir sem saber galgar até longe
as rochas olhar sem crer os homens domésticos as
mulheres domesticadas os montes de
vulcões lancinantes a grelhar fins de mundo então
vinham-lhe à cabeça imparáveis o
vinham-lhe à cabeça imparáveis o
lado de dentro dos livros onde crescera as cores
cheiros onde sub-limara as tragicomédias duma respiração
quase ainda fetal
quase ainda fetal
(a torre de babel apenas frágil no olhar de bruegel
camponeses loucos demónios antuérpia ensaia
eternamente a adoração dos magos
e as letras circulares de catulo
as escritas sinfónicas de lorca)
os oráculos de delfos hão-de vir jantar um destes dias
servir-lhes-à frango e frango e frutos degolados
verdes ainda
Só para dizer...
Os olhos faiscantes de Bruegel, Lorca de rios e luas, de música nas mãos, Catulo desconheço.
Os Natais dão-nos de presente as possibilidades do futuro e as nostalgias de passado para todo o sempre.
A aldeia e os montes da dúvida, o frio e o recomeço ad eternum, é o que os horáculos de Delfos te hão-de dizer. Amanhã.
Beijos, rios deles
teclado por Anónimo, em 24 dezembro, 2006
tantos rios fazem mares...
catulo é um brinca-dor do amor,é o e-terno apaixonado de lésbia, viceu antes de cristo e escreveu coisas assim:
Odeio e amo. Perguntarás como isto possa ser. Não sei, mas sinto-o, e é um tormento... e outras coisas mais explícitamente físicas.
os oráculos..., sim sei que hão-de dizer isso. com certeza.
desejo-te a pouco provável neve nos montes.
mais te desejo, este belo dia de sol a ser brilho nas folhas das árvores de casca com musgo escorrendo verde...
teclado por ~pi, em 25 dezembro, 2006
como é que eu posso contactar contigo? não tens indicação de email...
o que eu queria dizer sobre este poema não cabe aqui...
contacta-me tu.
teclado por Elipse, em 25 dezembro, 2006
"atravessar de novo a vida"... em Dezembro.
Tu atravessas a vida e consegues trazê-la de volta, és o barqueiro das almas e pões moedas na boca das palavras...
Apolo faz-te uma vénia, em Delfos.
teclado por Elipse, em 25 dezembro, 2006
que coisa mais...!!!
beijo, beijo
teclado por Anónimo, em 26 dezembro, 2006
como são fortes, belas e ricas as palavras!!!
e também ariscas e frágeis no seu eterno e imprevisto encanto
com sabor a
canela, aventura, emoção...
teclado por ~pi, em 26 dezembro, 2006
não sei que é feito dos meus colegas blóguicos!
andam todos na festa?
espero que sim e que se divirtam!
abraçoS
teclado por ~pi, em 26 dezembro, 2006
Sim gostava de ter a resposta a essa pergunta luci. Agora já nem dá tanto gosto: uma pessoa aparece, posta e ninguém comenta... mas vamos continuando!
Andei uns tempos sem cá vir porque tive avaliações e uma semana bem atarefada, mas mal pude apareci! E vou continuando a aparecer...
beijos**
teclado por patricia, em 26 dezembro, 2006
ainda bem que apareceste, patrícia!
beijos, até quinta!!!
teclado por ~pi, em 26 dezembro, 2006
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
teclado por ~pi, em 26 dezembro, 2006
Desamagrecer. Desemocionar. Des. Esperar que os oráculos venham e tragam os truques de abrir almas. Ou nos expliquem porque se fecharam.
Beijos, até já
teclado por Anónimo, em 26 dezembro, 2006
Pões moedas na boca das palavras.
Absoluto!
Não consigo dizer melhor do que diz aí por cima...
teclado por Anónimo, em 02 janeiro, 2007
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