claridade - acto 2 - p(l)ano de ambiente
ouves? foi uma gota, um salpico, um pedaço de mar... caíu, ouviste? Vem mais, eu sinto... sabes aquelas músicas que sentes o exacto momento em que o som deixa o silêncio da respiração? Aquele impulso flutuante que o deixa de ser porque a gravidade assim o disse... dá para sentir. O vento também, as teias vão resistindo, por enquanto. As ruas, os passeios... o vento ao perto, as nuvens ao longe, e a chuva entretanto... Que ouves? Há pernas ali algures, no escuro, não ouves? Eu sinto. a madeira range em sulcos de cãibras... retorcem, recolhem, recalcam, o pó, os cheiros, os ventos, os passos alheios... E atrás do pano? Uma gota, um salpico, um pedaço de mar, de maresia, de devolver revolver àgua e areia na praia, de nevoeiro salgado,ao longe... ouves?
Só para dizer...
Também é um luto?
Se é, oK!
Mas comecem a olhar à volta, amigos!
Abraço, bom fim de semana!
teclado por Anónimo, em 05 janeiro, 2007
(ainda) a vida entre a luz e a penumbra.
pronuncio (vaga-mente)
LUZ
SOMBRA
ESCURO
MEDO LUA
DE_VA_GAR
vaga-mente os sons
volto a ser talvez tu
a figura desenhada a lápis nas escadas do fundo
a música da respiração
suspensa clara.
beijo, joel
teclado por ~pi, em 05 janeiro, 2007
Ouço com muita atenção. Leio com paixão. Este texto está espectacular, joel!! Em primeiro adivinharás porquê ;) e depois a melancolia, as páginas brancas preenchidas pelo carvão das letras deixa um rasto de beleza a gotejar.
Ouço músicas a ler este texto ouço ecos e ouço imagens que roçam a casa da minha memória.
beijos com claridade cinza **
teclado por patricia, em 05 janeiro, 2007
Tanto da terra e da água!!
Escreves cada vez mais por dentro, belo de ver este movimento!
Abraço, beijos
teclado por Anónimo, em 06 janeiro, 2007
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