Miolando

19 janeiro, 2007

janelas

Estes cercos que me encontram
que me deixam e me empurraram
que a cerca que do nada gotejou
e os dedos que do nada me encontraram

Esta cerca do infinito me limita
esta alma dos teus dedos me arrasta
este eco que da cerca me tolera
este eu que dos dedos me afasta

Este ser que sentindo me tomou
em sentido que nao minto, me perdi
esses dedos que me tocam que eu sinto
estes dedos que me encontram que eu senti.

Só para dizer...

  • A veia poética..
    Muito bonito, Joel.

    Beijinhos,
    Ângela

    teclado por Anonymous Anónimo, em 19 janeiro, 2007  

  • Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    teclado por Blogger ~pi, em 19 janeiro, 2007  

  • este poema-de-contradições-feito é incontornavelmente camoniano.

    e musical (como tu sempre és).
    gosto dos sons-únicos-que-cantam-dentro-das-tuas-linhas!

    (um rio não é uma linha, lembras-?)

    a mistura incontornável das memórias e do presente...

    até já, beijo

    teclado por Blogger ~pi, em 19 janeiro, 2007  

  • ups, tou com dificuldades nos comments... no d quixote da patrícia já tentei 3 vezes e...nada...

    teclado por Blogger ~pi, em 19 janeiro, 2007  

  • Lindo, fluido como uma brisa!

    Abraço

    teclado por Anonymous Anónimo, em 19 janeiro, 2007  

  • Travo a Camões... tão belo! Tão musical! Tão contraditório que até arrepia :)

    Li-o muitas e muitas vezes... fiquei presa na rede, perdi-me...

    Tu falas de janelas eu falo de fendas... quase poderiam ser a mesma coisa!! E se calhar até são, dadas as recentes descobertas ;)

    beijos atirados do umbral**

    teclado por Blogger patricia, em 19 janeiro, 2007  

  • Gostei muito!

    teclado por Anonymous Anónimo, em 20 janeiro, 2007  

  • não sei se a tua escrita evoluiu ou apenas eu não conhecia muito. temos poeta! já cansa dizer que é bom. mas é! e deve dizer-se. o sentido foge sempre mais além do que podemos entender e explicar. é esse mais além a própria poesia. abraço.

    teclado por Blogger Dália Dias, em 20 janeiro, 2007  

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