atropeloS
Há vezes
em que palavras
tropeçam em nós
e ficam ali caídas
estendidas
à espera que lhes peguemos
ao colo
e as acarinhemos
e as embalemos
as beijemos com saudade.
Está uma aqui
trôpega
estendida
olho para ela
não sei como lhe pegar
ao colo é pesada
não a sei acarinhar
destreinei-me
não a consigo embalar
porque não sei adoptá-la
minha
não a posso beijar
tem bico
e traz água ........................................................................
Por tanto
portudo
com tudo
tenho saudade
porém
em novelos atropelos
escrito por patricia às
14:18
Só para dizer...
primeiro é bom lembrar-te que todos os novelos são simples fios com a mania das complicações...
nada mais...por isso não
te assustes com eles!!!
(aos poucos serão tecidos...)
e pegar é pegar. nas palavras. como se fossem ...qualquer outra coisa que se bebe...
beijoS
teclado por
Anónimo, em 09 fevereiro, 2007
bom... mais uma aventura : não consigo comentar "normalmente!!!"
teclado por
Anónimo, em 09 fevereiro, 2007
Não há destreinamento, há só intervalos...
teclado por
Anónimo, em 09 fevereiro, 2007
Este é daqueles textos que me consegue dizer muito... em que eu não alterava nada, se fosse meu.
Gostei :)
teclado por
Sara Costa, em 10 fevereiro, 2007
Aposto que essa palavra perdida
é pequenina e ladina
caminha sempre acompanhada
evita estar sozinha
tanto a vemos lá no céu
como arrastada no chão
coitadinha...
Apanha sem medo e embala
que desse novelo
Que te fala
Muitas coisas podes contar
Começa é bem devegarinho
tece-o com muito carinho
para em AMOR se transformar...
Gostaste???
Bjs Gi
teclado por
fairybondage, em 14 fevereiro, 2007
há vezes que às vezes que as palavras que tropeçam em nós
que estendem atravessadas que tropeçam atordoadas que ficam ali
que ficam ali.
há vezes que menos vezes nos apetece pegar, antes deixar
que acordem, que chorem tudo, que lhes peguemos, que chorem tudo
que a idade que as torna redonda, que as adorne de significado,
que as beije, a idade.
há vezes que às vezes as palavras nos enrolam
que nos estatelam que nos deixam que ficam ali,
que ficam ali.
há vezes que tantas vezes que não nos deixam que nos peguem, que nos cerquem
que acordemos, e choro tudo, que nos tomemos, e choro tudo,
aos encontrões, aos atropelos, aos novelos atropelos,
que me beije, a idade.
e traz água, portanto porquanto,
e tenho saudade no entanto,
que me beije, a palavra, que tropeço no novelo
destreinei-me, que fico aqui
que fico aqui.
=)
beijo beijo
teclado por
joel faria, em 14 fevereiro, 2007
Enviar um comentário
<< Voltar ao blog