SOLO PARA VIOLA DA GAMBA. monsieur de saint colombe le fils.
de nada serve o canto espetado no peito
não serve para estender roupa
não esgaça a luz
não faz teatro de sombras
não aquece o candeeiro
pouco sobrará que morrer com a cabeça ilusoriamente a sul
que algo do que se disser na tontura seja verdadeiro
porque este som
esta voz que te anoto e envio
o arco cruzando a corda
a lâmina cruzando o pulso
é uma luta perdida contra o andar perdida
a nota de uma melodia que jamais escutarás
casa de são dinis. porto. 18 de maio de 2007
Só para dizer...
bem!!!!
tanto que me disse este poema.
terei de ressuscitar
para ler outra e outra e outra vez...
teclado por feniana, em 18 maio, 2007
será uma questão de sorte. ou de paciência, não pedindo ao canto mais do que o canto,não querendo da voz mais do que a figuração do amor. a harmonia é essa flutuação. a vida, essa, é urgente.
teclado por Anónimo, em 18 maio, 2007
cara feniana: posso oferecer-te o quê para que a ressuscitação aconteça em paz?
a do costume: não deveria falar por ela, mas esta voz não se mostra a justificar-se. arrisco: de certa forma compreendo-a: quem é que, amando, não esquece o poema, os dedos na pauta, o olhar na varanda, de comer e até o próprio corpo? e não amando? ou desamando?
teclado por Paulo Alexandre Jorge, em 18 maio, 2007
jamais.
que a dissolução aparente
de certos sons não conduza a
ri(s)os
:
outros.
subjacentes.
*beijO
teclado por un dress, em 18 maio, 2007
...
SOLO IN SOLO?
Por dolorosa que seja, a tua morada de luz e sombras, convida a encostar o ouvido à porta e ficar, à escuta do coração da casa.
Até no corpo do amor, que é dois e nunca um, nos é negada a prova da melodia. Eu tenho fé nela, último reduto na solidão que me habita. A melodia, ouço-a dentro do peito, mas como provar-to? Cada um se perde e encontra no coração do seu deserto.
Corda a corda, veia a veia, caco a caco, com a cola desta ternura aflita, se unem desertos e desse aperto se faz a vida. Por isso dói tanto, o canto.
Beijo de encanto, sem bússula
teclado por Inês Mendes, em 18 maio, 2007
...inês...sine bússula???
teclado por un dress, em 18 maio, 2007
lâmina quente, fervida com sangue
e mais uma nota muda.
teclado por Pollan, em 18 maio, 2007
Música
Você tem as mãos leves,
A alma larga
E a poesia indócil.
E ao seu lado nada de nada
Resta incólume.
Azulejos rangem e racham
Sob os seus saltos.
No seu colo
Mesmo o mar
Esquece o próprio embalo,
Vira do avesso, suspira
Quebrado.
Você espalma as mãos
E vê que as linhas
Traçam pautas.
A música
É de uma doçura indescritível, e
Selvagem como qualquer mundo.
NY, abril de 2007, lavinia saad
teclado por luci, em 18 maio, 2007
muito bonito o que escreves, inês, obrigado.
imagem bonita, pollan, obrigado também.
e agradeço o poema, finalmente luci.
bj bj
teclado por Paulo Alexandre Jorge, em 18 maio, 2007
Gosto das tuas palavras, paulo.
Gosto de ler as vossas, todos os outros.
Porém, acho que cheguei tarde!
Então fico-me só pela contemplação e abstenho-me de falar do canto, da voz que se ouve às vezes em mim, dentro de mim e nunca sei que rumo lhe dar.
muitos beijos, monsieur de saint dinis***
teclado por patricia, em 20 maio, 2007
e nós, a garantirmos que estamos vivos, que a escrita nos une, que a amizade é isto...que bom!
um abraço enorme, a todas as almas melodiosas do miolando.
teclado por Anónimo, em 21 maio, 2007
3 da manhã, mais tarde chego eu...
de nada serve as letras cantadas pontilhadas pelo contraste duro e seco em si bemol do branco e preto. Sustêm tudo o resto, que os bequadros ficam de fora. Inventaram o continuando, mas o que sei eu? se não mandar umas gralhas grosseiras corrigidas em boa hora... de nada serve dizia... amadeus? amadeus?
teclado por joel faria, em 22 maio, 2007
ainda vou a tempo de responder, não vou?
outra aula de guitarra! talvez!
teclado por feniana, em 22 maio, 2007
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