desmiolando a sete pés
as vezes apetece-me fechar o mundo numa gaveta. E fecha-la, a sete chaves. uma duas três quatro quatro seis sete chaves. As vezes apetece-me comer palavras repetir colar por cima, por cima. Sem pensar. E pregar, pregar as ripas da madeira da gaveta das chaves do mundo a sete pés. E ouvir vozes, zumbidos estridentes, gritos colectivos, disformes, por entre as ripas, alheias do mundo, da água que vai gotejando humedecendo a gaveta secando-se a si mesma, dos fósforos acendidos ardidos enegrecidos caidos no meio do forro que não queimou, por agora. Já não cansa as vozes, já não cansam. E se passar verniz? Tapa poros, tapa jorros tapa desabamentos de pó luz e água... assim não cai. Hermeticamente engavetado.
As vezes apetece-me fechar o mundo a sete dedos, e deixar três de fora. Um dois três quatro quatro, desenhar no ar uma bola e sussurrar o que está bem ou assim assim, e a água e o fósforo, sussurrando a mil à hora... e abrir os dedos, os sete e os três, e o mundo dos sete pés. um dois três quatro quatro seis sete. ou contar até vinte e quatro, ou cinco. E se meter fita cola? Não vá os dedos tece-las. Fita dupla, para colar dos dois lados, e não fugir, não dançar... assim nao sai. um dois três quatro quatro seis sete, endedados, e os outros três
As vezes apetece-me desmiolar sem semântica sem gramática sem sujeito predicado sem ponto e vírgula uma anarquia. Ou contar até cinco. Ou desmiolar a sete pés
As vezes apetece-me fechar o mundo a sete dedos, e deixar três de fora. Um dois três quatro quatro, desenhar no ar uma bola e sussurrar o que está bem ou assim assim, e a água e o fósforo, sussurrando a mil à hora... e abrir os dedos, os sete e os três, e o mundo dos sete pés. um dois três quatro quatro seis sete. ou contar até vinte e quatro, ou cinco. E se meter fita cola? Não vá os dedos tece-las. Fita dupla, para colar dos dois lados, e não fugir, não dançar... assim nao sai. um dois três quatro quatro seis sete, endedados, e os outros três
As vezes apetece-me desmiolar sem semântica sem gramática sem sujeito predicado sem ponto e vírgula uma anarquia. Ou contar até cinco. Ou desmiolar a sete pés
Só para dizer...
voltando a ter "disponibilidade mental" para escrever...
:)
sessão número um: sussurrando
beijo
abraço
:)
estou
teclado por joel faria, em 14 junho, 2007
curioso... um texto tão desconcertado, mas hermeticamente formatado...
teclado por joel faria, em 15 junho, 2007
já volto...amanhã.
tou exausta, nada de grave!
beijO
teclado por un dress, em 15 junho, 2007
E este desmiolar foi efeito da cerveja? ;)
de vez em quando sabe bem desvairar em gavetas em portas seja onde for! É assim que eles saem do armário...
beijos***
teclado por patricia, em 15 junho, 2007
desmiolar...até nada ter miolo até sussurrar ser grito até fita.cola ser tecido até dança ser.chuva.
desmiolar até tudo ser vinte e quatro porque nada.vinte e quatro como podia ser trinta. mil. cinco mil.
des.miolar porque o medo porque o medo porque o medo
porque hoje é sábado ou quase e a terra é sempre capaz de nos acolar na sua doce anarquia de rosas.assemânticas.aladas ...
bom.dia.beijO.
teclado por luci, em 15 junho, 2007
Iiiirrrrra!!!
A tua gramática é mesmo um bicho de 7 cabeças... Ainda bem.
Beijo, anarquista-linguista
teclado por Inês Mendes, em 15 junho, 2007
abençoada prosa!
que bem te dás com ela!
um beijo desmiolado,
eu
teclado por Anónimo, em 16 junho, 2007
miolando. abraço grande.
teclado por Paulo Alexandre Jorge, em 18 junho, 2007
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