Miolando

26 junho, 2007

vertigem

entre o tempo
entre o vento
a gárgula descai
entre a telha
e o passeio
no bailar do olhar.

Só para dizer...

  • A gárgula anda cheia de vida... faz bem desentupir a cabeça, não é? ;)

    ***

    teclado por Blogger patricia, em 26 junho, 2007  

  • As casas velhas abrem os olhos à tua passagem. Não sorriem para a fotografia, mostram cal e destroço... Memórias de ternura pétrea.

    Beijo!

    teclado por Blogger Inês Mendes, em 26 junho, 2007  

  • bailamos, sempre...no olhar, já que dos corpos fazemos algum resguardo. aceitas a dança?
    bj amigo.

    teclado por Anonymous Anónimo, em 26 junho, 2007  

  • Gárgula.
    Por dentro a chuva que a incha, por fora a pedra misteriosa
    que a mantém suspensa.
    E a boca demoníaca do prodígio despeja-se
    no caos.
    Esse animal erguido ao trono de uma estrela,
    que se debruça para onde
    escureço. Pelos flancos construo
    a criatura. Onde corre o arrepio, das espáduas
    para o fundo, com força atenta. Construo
    aquela massa de tetas
    e unhas, pela espinha, rosas abertas das guelras,
    umbigo,
    mandíbulas. Até ao centro da sua
    árdua talha de estrela.
    Seu buraco de água na minha boca.
    E construindo falo.
    Sou lírico, medonho.
    Consagro-a no banho baptismal de um poema.
    Inauguro.
    Fora e dentro inauguro o nome de que morro.




    Le poème continu
    somme anthologique
    Institut Camões / Chandeigne
    Paris, 2002



    *

    teclado por Blogger un dress, em 26 junho, 2007  

Enviar um comentário

<< Voltar ao blog