Miolando

27 novembro, 2007

13ª diária

"devo ter chegado. não queria ter ido para tão longe mas tenho ainda medo de aproximar; como um canto ao contrário: ser a voz já cantada a inventar a garganta do cantor, é a imagem. para lá da montanha já se acendem fogueiras aquecendo o tempo: no deserto já se queimam noites: venho de lá e devo ter chegado; e lá o pó que baila no ar, que baila no ar como faúlhas: como olhos tontos de fogo perdido, não sei explicar. aqui estou: sem coragem para te cantar o sono, sem coragem para te agradecer a espera, com medo de me despir e abraçar o teu corpo adormecido no sofá" eugénio alves da cruz. porto. 27 de novembro de 2007.

Só para dizer...

Enviar um comentário

<< Voltar ao blog