2ªs vésperas
"vou ter contigo esta noite. já. agora. já devia ter ido. não me farás mal. não magoas. nenhuma das tuas melodias foram feitas para matar. o tempo que demoras é o eco com que me chamas. não aguento esperar. não suporto adormecer em frente à televisão. deveria ser mais do que esta falta sobre o corpo mas não sou. enrolo quando me acenas. ronrono quando me afagas; preciso tanto do teu abraço e que toques para mim; ou ao meu lado; ou escutar-te no quarto dos fundos; não suporto adormecer à tua espera, vou ter contigo; não me matarás, não bates com as tuas músicas; o tempo que atrasas é a fundura do eco com que me chamas; cantarei o que for preciso; faz da minha voz a melodia necessária; e regressa comigo, meu amor, regressa comigo, adormece enrolado em mim até terminar a emissão" maria biatriz. lisboa. 11 de dezembro de 1998
Só para dizer...
"tudo o que tenho são magias, são histórias de encantar. tudo o que revelo são dons, são poderes de encantar. tudo o que queria era histórias com poder para poder contar à noite antes de adormecer. a ti, só a ti. que as palavras afagam o que a minha mão não consegue."
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teclado por patricia, em 11 dezembro, 2007
se vou se não vou mas não é porque tenha medo
ainda se me desenham por dentro as histórias que ouvia contar sobre
poços herdados melodias que nunca quis escutar mas escutei atentamente
enroladas em mim como braços
trevas em vez de colos tentaculares
profundidades insondáveis de garras
onde me debati até todos os ecos da pele se extinguirem
até ser gelo gritado em lago profundo
mortes mil mortes geladas fósseis madrugadas
até
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teclado por un dress, em 11 dezembro, 2007
quem fala por Maria Biatriz? quem a (nos) conhece tão bem?
abraço, no feminino, desta vez. para a maria.
teclado por A do Costume, em 11 dezembro, 2007
tanto que se ame...
teclado por entredentes, em 12 dezembro, 2007
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