tanto tempo a parar nas mesmas palavras cegos como surdos tudo se roda interminável num tempo de vidro sem urgência nem vagar um tempo liso sem tempo tudo se come apenas se enrola se engana sem quase ser atravesso as plantas dos pés imóveis bem assentes nos riscos os mapas ramificadas as pernas incapaz de reconhecer a regularidade insidiosa do discurso um discurso sem fala frases esburacadas iguais a mil frases outras mil bocas outras tudo se joga de facto no corpo um corpo de pele intemporal e porém visível em dias onde desmedidamente o calor onde tudo se abre onde nada se abre onde se joga tudo diria ela tudo o que não foi capaz de reconhecer vazio para si do ouvinte haveria de esquecer aquela afonia tão prevível tão escancarada tão incontornavelmente desamparada que se deixara morrer dentro do discurso onde nunca se geme onde nunca se grita onde nunca se acola onde nunca se nem a respiração reconhece agora tinha ficado caída na terra há quanto tempo há quantas letras quantas luas ondas que barcos a água do discurso draga líquido que chupa líquido e se encolhe se recolha recta à medida dos ossos já brancos roxos de sinais agudos agonia cerrada com força na palma da mão
mapa
foto Ema / L
Só para dizer...
tu. e como falamos a mesma língua.
teclado por Dália Dias, em 13 dezembro, 2007
caí e ainda não me levantei...
teclado por Anónimo, em 13 dezembro, 2007
você escreve
e se lança
nu_m
s
a
l
t
o
abissal!
teclado por Alessandra Espínola, em 14 dezembro, 2007
Este comentário foi removido pelo autor.
teclado por un dress, em 14 dezembro, 2007
gosto muito de saltos alessandra.
mesmo
a
b
i
s
.
s
a
i
s
teclado por luci, em 14 dezembro, 2007
Saltar sem rede. Cuidado mas vai.
Estou aqui.
Beijo
M
teclado por Anónimo, em 15 dezembro, 2007
um jogar tudo...
um ser... líquido...
de sinais agudos
abrazo europeo
teclado por mixtu, em 16 dezembro, 2007
agudamente, perfurante...
teclado por entredentes, em 16 dezembro, 2007
perfurar o desconhecido:
liquidamente
aguda
a língua
se lança
e salta
abissal
sem rede
.
teclado por un dress, em 17 dezembro, 2007
excelente o texto e excelente a iniciatiiva da un dress que no-lo deu a conhecer.
Obrigada pela partilha.
um beijinho
teclado por Gi, em 17 dezembro, 2007
saibam fazer alguma coisa cor de rosa para que a espera seja suportável... brincos. rendas. fios.
teclado por in_side, em 19 dezembro, 2007
neve na alma
abraços e beijos
maria
teclado por Anónimo, em 28 dezembro, 2007
Este comentário foi removido pelo autor.
teclado por un dress, em 06 janeiro, 2008
preferir fios de lã .elena
neve nos dentes
derretida na língua .maria
~
teclado por luci, em 06 janeiro, 2008
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