Miolando

17 dezembro, 2007

não possuo enxoval
nem colecciono rendas,
panos e louças
para levar comigo um dia

no meu dote
tenho as rendas
bordadas ao fim do dia no céu poente
os panos de fibra verde
estendidos sobre a terra
as louças de cacos fosséis
banhadas a espuma

e um baú sem fundo agrilhoado
onde guardo a quinquilharia
que apanho todos os dias

Só para dizer...

  • Gosto de andar pelo parque. Gosto de caminhar e vencer o frio com o calor do corpo. Gosto de tirar fotos sem luz, na penumbra do fim de tarde.

    **

    teclado por Blogger patricia, em 18 dezembro, 2007  

  • LINDA PRINCESA

    teclado por Blogger O Puma, em 18 dezembro, 2007  

  • S� os felizes,
    porque nasceram poetas e s�bios, t�m direito a dote t�o valioso.
    Saber juntar a � quinquilharia� do dia a dia,
    e com ela, fazer um poema t�o belo.
    Bjs
    Fernanda

    teclado por Blogger fernanda, em 18 dezembro, 2007  

  • Que curioso!
    A Patricia confunde-se com a natureza.É lá que encontra o seu alento?
    Gostei tanto das fantasiosas comparações dos seus versos:
    do céu poente
    a fibra verde
    os cacos fosseis banhados a espuma,
    ... o resto quinquilharias ...
    Mas aposto que no seu baú há um "tesouro" escondido ...
    Haverá!?

    teclado por Anonymous Anónimo, em 18 dezembro, 2007  

  • Qual criança caminha pelo parque e guarda os tesouros no baú sem fundo... que mais há de sair dessa caixinha de surpresas!? Ah, o que não é a literatura senão esse baú sem fundo!? Belo toda vida...
    A d o r e i! Grande beijo.

    teclado por Blogger Alessandra Espínola, em 18 dezembro, 2007  

  • saibam fazer alguma coisa cor de rosa para que a espera seja suportável... brincos. rendas. fios.

    teclado por Blogger in_side, em 19 dezembro, 2007  

  • possuo palavras

    bordadas

    a linho e luz




    beijooooooooooooooooos :)

    teclado por Blogger luci, em 19 dezembro, 2007  

Enviar um comentário

<< Voltar ao blog