quando eram sinal de verão
de corridas no chão
de chutos na bola
de idas à praia
de caminhadas na areia
de concertos ao final da tarde
e na noite dentro
de calcar os pés
de alguém mais alto
para lhe chegar aos lábios
de maresia no pôr do sol
de cordões desfeitos
a arrastar pelo chão
duravam todo o verão
e no verão seguinte
repetiam-se as histórias
no mesmo pano
sem nunca se gastar a tela
Só para dizer...
foto: www.olhares.com
adoro sapatilhas de pano gastas até ao tutano
***
teclado por patricia, em 26 março, 2008
.... gosto, muitO!
/e gastou-se... a tela!!?
:)
teclado por luci, em 26 março, 2008
No tempo em que possivelmente teria a sua idade, também eu tive umas sapatilhas quase iguais.Talvez menos elaboradas,
Calça-las atiçava-me
a independência,
a descontração
e o desejo de correr não sei para onde.
Nunca me pus em bicos de pés para chegar perto do que queria, "um beijo dado muito à pressa", por exemplo...
Naquele tempo não havia a espontaneidade que há hoje.
Parecia mal!
O desejo ficava engaiolado dentro de nós!
Era regra.
teclado por ninguém, em 26 março, 2008
histórias inesqueciveis,
histórias que farão sorrir alguém,
histórias... de sapatilhas gastas até ao tutano :)
**
teclado por anovska, em 27 março, 2008
Adoptei as sapatilhas, como se fossem parentes,
ou então calço sapatos parentes de sapatilhas.
È um hábito, já não é uma emoção.
Mas, também tenho histórias, é caminhando que elas se constróiem.
Gostei muito do que li Patricia
Obrigada
teclado por fernanda, em 31 março, 2008
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