"não sabia como regressar. não tem sido fácil tocar - o que já tocava com agilidade. muitas coisas aconteceram distraindo-me a mão, os lábios, e da mão e dos lábios: o som. aos dias que se sucedem não se justificam. a inevitabilidade de se viver e morrer. já não lembrava o código de acesso. tantas noites sem regressar colocam-nos à porta de um apartamento: à porta tendemos a partir de novo, complexo qualquer de ausência e culpa. por vezes, quando menos esperamos, o destino transforma-se e permite-nos a leve sensação que dele fugiremos. nesse jogo vamos sobrevivendo. todo o novo amor merecia a máxima frescura inicial, a primeira ingenuidade. é uma pena que lhe cheguemos já cansados, tardios. pela sétima vez ressuscitados, é uma pena que já não consigamos morrer totalmente a um novo beijo nem morrer totalmente com a sua inexistência absoluta " eugénio alves da cruz. 15 de maio de 2008. matosinhos
Só para dizer...
ai eugénio...
ao ler-te senti que a vida não te passa dum cansaço permanente e duma adiação pensativa da...
...da morte,,,?
abraço [bem vivo não pensante :)
teclado por luci, em 16 maio, 2008
pois é, cara luci: e depois há os paradoxos de quem morre facilmente bradindo e argumentando permanente sensualidade, vitalidade e energia...
abraço (bem vivo e pensante :)
eugénio alves da cruz
teclado por Anónimo, em 16 maio, 2008
adoro que me chame
´cara` eugénio!!
[ embora preferisse
querida! :)
beijO
teclado por luci, em 17 maio, 2008
Qual o encanto de ressuscitar, se com a morte não reaprendermos a inocência das coisas?
teclado por K, em 18 maio, 2008
os dedos que tocam cansam, os que não tocam enferrujam, os que pensam em tocar anseiam, os que não pensam tocam sem pensar em cansar...
com isto não quero dizer nada, apenas brincar com as palavras, dizer um pouco de tudo um pouco de nada... e está dito
abraço matosinhos
teclado por joel faria, em 24 maio, 2008
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